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MAGAZINE LUIZA

quarta-feira, 13 de maio de 2009

SERVIDORES INVADEM PREFEITURA DE ALCANTARAS

Os servidores reivindicaram melhores salários

Alcântaras. Os servidores deste município invadiram o prédio da Prefeitura para protestar contra os descontos feitos na folha de pagamento, por parte da Prefeitura, e reivindicar melhorias salariais e implantação do Plano de Cargo e Carreira (PCC).Com cartazes, faixas e gritando palavras de ordem, os manifestantes saíram da sede da entidade, que fica em frente à Igreja Matriz, e marcharam até o prédio do Paço Municipal. Chegando lá, eles se dirigiram até o gabinete do prefeito Raimundo Gomes Sobrinho, que se encontrava vazio. “Nós vamos manter a grave até que o prefeito nos receba para uma negociação”, disse Francisco Menezes, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município. Ele informou que a categoria tem reclamado do comportamento do gestor, que tem ignorado o movimento. “Estamos de greve desde o dia 13 de abril e até agora não acenou para qualquer acordo. O que ele fez foi descontar 60% dos vencimentos daqueles que aderiram ao movimento”.A professora e vereadora Cleovilândia Menezes Costa Machado diz que constantemente recebe ameaças de morte. “Desde o momento em que me manifestei favorável ao movimento, venho recebendo ameaças”, diz ela, que já registrou Boletim de Ocorrências.Entre as reivindicações, está a equiparação do salário mínimo pago em Alcântaras, que é de R$ 380, ao salário mínimo nacional, no valor de R$ 465. Também está na pauta um reajuste para os professores que, conforme diz, estão há três anos sem aumento. O sindicalista diz que o piso salarial do magistério, instituído por lei, é R$ 950 e que o que é pago na cidade está longe desse valor.O secretário de Educação do município, Carlos Alves, não vê nenhuma ilegalidade nisso, mas lamenta pelo fato das negociações não terem avançado. “O município está tendo prejuízo na merenda escolar porque ela está se estragando. Não tem quem faça, não tem quem coma. Isso por si já é prejudicial. Entendo as reivindicações da categoria, porque dela também faço parte. Não posso tomar decisões porque compete ao gestor do município”. Ele afirma que a greve já atingiu 50% das escolas, e que vai ser difícil a elaboração de um calendário para recuperar as aulas caso as negociações não avancem.

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