O sequestro terminou na tarde do último sábado, quando a Polícia Civil libertou o refém e prendeu os acusados
Os delegados Jairo Pequeno e Rommel Kerth deram entrevista à Imprensa e detalharam a operação que resultou na libertação do refém sem que fosse preciso a família pagar o resgate.
Um estudante universitário do curso de Economia de uma faculdade particular da Capital comandou o último sequestro registrado no Ceará. Cássio da Cunha Cavalcante, pernambucano de 32 anos, foi preso em flagrante minutos depois de ter saído do cativeiro onde o empresário Paulo André Evangelista da Silva, do ramo de estamparia e fábrica de roupas moda praia passou nove dias encarcerado.
O arrebatamento da vítima - também de 32 anos - aconteceu na manhã do dia 9 último, depois que o empresário foi convencido a ir ao encontro de um comerciante para negociação de um contrato de venda.
Segundo a Polícia, o próprio Cássio planejou e negociou o falso contrato para atrair o empresário até o local do arrebatamento, na esquina da Avenida José Leon com a Rua Castelo Branco, no Parque Manibura.
Cássio foi preso no último sábado, no bairro Jardim das Oliveiras, a três quarteirões da casa onde o empresário era mantido refém. O cativeiro foi ´estourado´ pelas equipes do Departamento de Polícia Especializada (DPE) e da Divisão Antissequestro (DAS) ainda no sábado, na Rua das Gaivotas, 1730, onde funcionava uma fábrica de confecção do próprio Cássio, fechada há alguns meses.
Tramou
"Ele utilizou seu próprio local de trabalho como cativeiro. O estudante participou de forma ativa de todos os momentos do sequestro, desde o arrebatamento", destacou o delegado Rommel Kerth, titular da DAS, em coletiva à Imprensa, ontem pela manhã. Ao todo, 15 policiais, dentre eles, dois delegados, estiveram envolvidos na operação. Na casa, foram presos José André Pereira Duarte e Francisco Davi Silva Julião. O último identificou-se como menor de 16 anos, no momento da prisão, mas depois ficou constatado que tem 21 anos completos.
"Ele foi autuado em flagrante como os outros por formação de quadrilha, extorsão mediante sequestro e roubo à mão armada", confirmou o delegado Jairo Pequeno, diretor do DPE.
Também foi preso Francisco das Chagas Filho, conhecido pelos apelidos de ´Pelé´ e ´Negão´, apontado nas investigações como guarda do cativeiro. "Descobrimos que havia quatro guardas para o cativeiro. Dois ficavam à noite e dois durante o dia", disse Rommel Kerth.
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