Durante o período em que recebeu como assessor parlamentar, o ministro morava no Rio e não em Brasília
A Câmara dos Deputados informou que estuda abrir processo disciplinar e cobrar ressarcimento do ministro Carlos Lupi (Trabalho), que foi funcionário fantasma do Congresso por seis anos. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
O ministro recebeu salário da Câmara de dezembro de 2000 a junho de 2006, mas não aparecia no gabinete onde estava lotado - a liderança do PDT. Lupi foi assessor-fantasma da Câmara por quase seis anos
"Vamos tomar providências. Se houve conduta irregular na época, pode caber processo, ressarcimento ou coisa dessa natureza", disse o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS).
Os partidos da oposição estão cobrando a demissão imediata do ministro, que, por sua vez, nega ter recebido indevidamente.
O PPS vai pedir sindicância na Câmara e acionar o Ministério Público Federal. De acordo com a legenda socialista, o episódio pode caracterizar crime de falsidade ideológica do então servidor e de prevaricação de quem o contratou. Para o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), a presidente Dilma Rousseff "tem de assumir o papel de mandá-lo embora".
O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), líder do DEM, disse que o "assunto é muito grave" e merece investigação na Casa. Para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, o caso "é muito negativo" e "acaba fragilizando as instituições e o próprio contribuinte".
Durante o período em que recebia como assessor parlamentar pela Câmara, Carlos Lupi morava no Rio de Janeiro, e não em Brasília.
As normas da Câmara estabelecem que os ocupantes de cargos de natureza especial (como era o caso de Lupi naquela época) têm de exercer funções técnicas e administrativas e atuar dentro das instalações do Congresso Nacional. Lupi, porém, dedicava-se exclusivamente a tarefas partidárias.
Ele era o vice-presidente do PDT. Depois da morte do ex-governador Leonel Brizola, em 2004, Lupi assumiu o comando da legenda.
Atualmente a remuneração do cargo que Lupi ocupava chega a R$ 12 mil. Usando esse valor como base, ele teria ganho R$ 864 mil indevidamente.
O ministro recebeu salário da Câmara de dezembro de 2000 a junho de 2006, mas não aparecia no gabinete onde estava lotado - a liderança do PDT. Lupi foi assessor-fantasma da Câmara por quase seis anos
"Vamos tomar providências. Se houve conduta irregular na época, pode caber processo, ressarcimento ou coisa dessa natureza", disse o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS).
Os partidos da oposição estão cobrando a demissão imediata do ministro, que, por sua vez, nega ter recebido indevidamente.
O PPS vai pedir sindicância na Câmara e acionar o Ministério Público Federal. De acordo com a legenda socialista, o episódio pode caracterizar crime de falsidade ideológica do então servidor e de prevaricação de quem o contratou. Para o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), a presidente Dilma Rousseff "tem de assumir o papel de mandá-lo embora".
Fantasma
O líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), também criticou o ministro. "Se você pegar um baralho e abrir as cartas, o Lupi está em todas. Tudo o que é irregularidade ele aparece. Agora até funcionário fantasma ele foi".O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), líder do DEM, disse que o "assunto é muito grave" e merece investigação na Casa. Para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, o caso "é muito negativo" e "acaba fragilizando as instituições e o próprio contribuinte".
Durante o período em que recebia como assessor parlamentar pela Câmara, Carlos Lupi morava no Rio de Janeiro, e não em Brasília.
As normas da Câmara estabelecem que os ocupantes de cargos de natureza especial (como era o caso de Lupi naquela época) têm de exercer funções técnicas e administrativas e atuar dentro das instalações do Congresso Nacional. Lupi, porém, dedicava-se exclusivamente a tarefas partidárias.
Ele era o vice-presidente do PDT. Depois da morte do ex-governador Leonel Brizola, em 2004, Lupi assumiu o comando da legenda.
Desconhecem
A reportagem conversou com assessores, deputados e ex-deputados do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Nenhum deles confirmou que Lupi trabalhou na Câmara durante os seis anos em que recebeu salário.Atualmente a remuneração do cargo que Lupi ocupava chega a R$ 12 mil. Usando esse valor como base, ele teria ganho R$ 864 mil indevidamente.
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