O titular da Pasta de Cidades responde a um processo na Justiça por improbidade administrativa
Deputado pela Paraíba, líder do PP na Câmara e aliado do ex-ministro Márcio Fortes, Aguinaldo é paraibano da cidade de Campina Grande |
O ministro das Cidades, Mário Negromonte, deixou o cargo ontem após reunir-se com a presidente Dilma Rousseff e entregar sua carta de demissão. O líder do PP na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PB), será o novo ministro, segundo confirmou o presidente da sigla, Francisco Dornelles.
"A presidente me ligou e informou que aceitou a demissão do Mário e ainda disse que Aguinaldo será o novo ministro", disse Dornelles.
Na carta de demissão, Negromonte se diz fiel à presidente e promete apoio no Congresso Nacional. Ele é o oitavo ministro a deixar o cargo desde o início do governo Dilma, o sétimo por conta de irregularidades.
A situação de Negromonte agravou-se na semana passada após reportagem revelar a participação dele e do secretário-executivo, Roberto Muniz, em reuniões privadas com um empresário e um lobista interessados num projeto do Ministério. O episódio culminou com a demissão do chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto, na quarta-feira. Muniz também deve sair.
Paraibano
Deputado na Paraíba, líder do PP na Câmara e aliado do ex-ministro Márcio Fortes, Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro (PB) nasceu em 13 de fevereiro de 1969 em Campina Grande (PB). Iniciou sua carreira como presidente do Comitê Jovem do PP. Assumiu logo cedo compromissos políticos como a coordenação da campanha do seu pai, o ex-deputado federal Enivaldo Ribeiro, à Prefeitura de Campina Grande.
Foi eleito deputado estadual por três legislaturas consecutivas. Também foi secretário de Agricultura, Irrigação e Abastecimento da Paraíba (1998-2002), secretário de Ciência e Tecnologia, Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Paraíba (2008-2009) e secretário de Ciência e Tecnologia do Município de João Pessoa (2009-2010).
Aguinaldo responde a processo na Justiça Federal por improbidade administrativa. De acordo com o Ministério Público, quando secretário da Agricultura da Paraíba (1998 a 2002), num convênio com o Ministério da Agricultura para o combate à febre aftosa, ele comprou equipamentos que não diziam respeito à doença, como medicamentos médico-hospitalares.
O deputado, no entanto, argumenta que o convênio foi cumprido integralmente e que a ocorrência de febre aftosa era emergencial, o que justificava a falta de licitação, e que não houve dolo ou má-fé. Além disso, disse que seguiu a orientação da assessoria jurídica da Secretaria da Agricultura. Os argumentos convenceram o Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª região. Ainda cabe do MP nesse processo.
Ontem, após reunião com a presidente Dilma Rousseff, ele deu entrevista quando afirmou que sua tarefa agora será resolver "alguns entraves" da pasta e evitou falar de mudanças em cargos do ministério.
Negromonte: "saio para o conforto de Dilma"
O agora ex-ministro das Cidades Mário Negromonte declarou ontem que foi alvo de cobiça da base aliada. Ele deixou o Ministério ontem após ter se reunido com a presidente Dilma Rousseff por cerca de 15 minutos e entregado sua carta de demissão.
Negromonte disse que o "fogo amigo" não partiu só do PP mas de outros partidos do governo. Questionado se incluiria o PT na lista, disse que não citaria as siglas.
"A presidente Dilma reconheceu que meu problema era político. Não dava conforto a ela. Pelo conforto dela e pelo meu, estou saindo", afirmou Negromonte, acrescentando que sai tranquilo. "Saio mais tranquilo que entrei", disse ele.
Negromonte disse que, na conversa com Dilma, ela lamentou sua saída e lembrou ter recebido seu apoio "ainda quando era traço na pesquisa".
O ex-ministro insistiu. "Não teve corrupção no Ministério. Meu problema foi político. Não de gestão".
"A presidenta da República agradece os serviços por ele prestados ao País à frente da Pasta e lhe deseja boa sorte em seus novos projetos", afirma nota da Secretaria de Comunicação Social do Planalto, comunicando oficialmente a demissão de Negromonte.
Natural
Em entrevista ao programa "Bom Dia Ministro", o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) afirmou ontem que as mudanças realizadas pela presidente na Esplanada seguem um "padrão normal, em que ela procura sempre buscar o melhor em cada uma das áreas do governo".
"A presidente me ligou e informou que aceitou a demissão do Mário e ainda disse que Aguinaldo será o novo ministro", disse Dornelles.
Na carta de demissão, Negromonte se diz fiel à presidente e promete apoio no Congresso Nacional. Ele é o oitavo ministro a deixar o cargo desde o início do governo Dilma, o sétimo por conta de irregularidades.
A situação de Negromonte agravou-se na semana passada após reportagem revelar a participação dele e do secretário-executivo, Roberto Muniz, em reuniões privadas com um empresário e um lobista interessados num projeto do Ministério. O episódio culminou com a demissão do chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto, na quarta-feira. Muniz também deve sair.
Paraibano
Deputado na Paraíba, líder do PP na Câmara e aliado do ex-ministro Márcio Fortes, Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro (PB) nasceu em 13 de fevereiro de 1969 em Campina Grande (PB). Iniciou sua carreira como presidente do Comitê Jovem do PP. Assumiu logo cedo compromissos políticos como a coordenação da campanha do seu pai, o ex-deputado federal Enivaldo Ribeiro, à Prefeitura de Campina Grande.
Foi eleito deputado estadual por três legislaturas consecutivas. Também foi secretário de Agricultura, Irrigação e Abastecimento da Paraíba (1998-2002), secretário de Ciência e Tecnologia, Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Paraíba (2008-2009) e secretário de Ciência e Tecnologia do Município de João Pessoa (2009-2010).
Aguinaldo responde a processo na Justiça Federal por improbidade administrativa. De acordo com o Ministério Público, quando secretário da Agricultura da Paraíba (1998 a 2002), num convênio com o Ministério da Agricultura para o combate à febre aftosa, ele comprou equipamentos que não diziam respeito à doença, como medicamentos médico-hospitalares.
O deputado, no entanto, argumenta que o convênio foi cumprido integralmente e que a ocorrência de febre aftosa era emergencial, o que justificava a falta de licitação, e que não houve dolo ou má-fé. Além disso, disse que seguiu a orientação da assessoria jurídica da Secretaria da Agricultura. Os argumentos convenceram o Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª região. Ainda cabe do MP nesse processo.
Ontem, após reunião com a presidente Dilma Rousseff, ele deu entrevista quando afirmou que sua tarefa agora será resolver "alguns entraves" da pasta e evitou falar de mudanças em cargos do ministério.
Negromonte: "saio para o conforto de Dilma"
O agora ex-ministro das Cidades Mário Negromonte declarou ontem que foi alvo de cobiça da base aliada. Ele deixou o Ministério ontem após ter se reunido com a presidente Dilma Rousseff por cerca de 15 minutos e entregado sua carta de demissão.
Negromonte disse que o "fogo amigo" não partiu só do PP mas de outros partidos do governo. Questionado se incluiria o PT na lista, disse que não citaria as siglas.
"A presidente Dilma reconheceu que meu problema era político. Não dava conforto a ela. Pelo conforto dela e pelo meu, estou saindo", afirmou Negromonte, acrescentando que sai tranquilo. "Saio mais tranquilo que entrei", disse ele.
Negromonte disse que, na conversa com Dilma, ela lamentou sua saída e lembrou ter recebido seu apoio "ainda quando era traço na pesquisa".
O ex-ministro insistiu. "Não teve corrupção no Ministério. Meu problema foi político. Não de gestão".
"A presidenta da República agradece os serviços por ele prestados ao País à frente da Pasta e lhe deseja boa sorte em seus novos projetos", afirma nota da Secretaria de Comunicação Social do Planalto, comunicando oficialmente a demissão de Negromonte.
Natural
Em entrevista ao programa "Bom Dia Ministro", o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) afirmou ontem que as mudanças realizadas pela presidente na Esplanada seguem um "padrão normal, em que ela procura sempre buscar o melhor em cada uma das áreas do governo".
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