Médicos afirmam que o ex-presidente está "clinicamente bem", mas o aconselharam a permanecer internado
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está clinicamente bem e deve retomar hoje o tratamento radioterápico, segundo boletim divulgado ontem pelo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele trata um câncer de laringe, diagnosticado em outubro.
Uma tomografia feita no último sábado revelou que não há mais sinais de tumor na laringe do ex-presidente.
O boletim informa que Lula está realizando "tratamento fonoaudiológico, fisioterápico, hidratação endovenosa e assistência nutricional, alimentando-se por via oral".
A equipe médica do ex-presidente o aconselhou a permanecer internado até o fim do tratamento, pois os efeitos colaterais tendem a ser mais severos nesse período. A última sessão está prevista para o dia 17 de fevereiro.
Lula foi levado sábado ao hospital com queixa de perda de apetite e fadiga. "Após avaliação, foi constatada apenas presença de inflamação de mucosa da laringe e esôfago, decorrentes da radioterapia", informou o boletim médico do Hospital Sírio-Libanês.
Desde que começou a radioterapia, Lula perdeu cerca de nove quilos. Segundo o oncologista Artur Katz, que integra a equipe médica de Lula, o exame foi feito para avaliar possível infecção pulmonar (que foi descartada), e não para investigar o câncer.
Nos últimos dias, o efeito da radioterapia tem impedido o petista de ir ao seu escritório no Instituto Lula, que fica no bairro do Ipiranga (zona sul de SP). Por recomendação médica, o ex-presidente não vai mais desfilar na escola de samba Gaviões da Fiel, durante o Carnaval.
Lula também foi impedido de participar do 32º aniversário do PT, em Brasília, na última sexta-feira. Na avaliação dos médicos, embora ele esteja reagindo bem ao tratamento e apresente regressão do tumor, a exposição neste momento é "expressamente proibida".
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