Presidente afirma que a operação mostra que os Estados Unidos "nunca vão esquecer" o 11 de setembro
Barack Obama depositou uma coroa de flores no Marco Zero de Nova York, onde ficavam as Torres Gêmeas, e fez um minuto de silêncio em homenagem às vítimas
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, referiu-se, ontem, à morte do líder da Al Qaeda Osama Bin Laden como uma mensagem aos terroristas de que os Estados Unidos nunca se esquecerão dos ataques de 11 de setembro de 2001.
Falando durante uma parada não programada em um corpo de bombeiros de Manhattan logo após chegar a Nova York, Obama disse que a morte de Bin Laden enviou uma mensagem. "Quando dizemos que nunca vamos esquecer, falamos sério", disse Obama na frente de um caminhão dos bombeiros.
"Este é um local simbólico do sacrifício extraordinário que foi feito naquele dia terrível de quase dez anos atrás", disse.
Depois, Obama depositou uma coroa de flores no Marco Zero de Nova York, em uma cerimônia que buscou cicatrizar definitivamente as feridas dos ataques contra as Torres Gêmeas, que deixaram 3 mil mortos. Obama inclinou-se e fez um minuto de silêncio no local onde erguiam-se os prédios.
A Casa Branca assegurou que não se tratava de uma visita para cantar vitória, e sim uma forma de homenagem às vítimas dos ataques que desencadearam a polêmica guerra global dos Estados Unidos contra o terrorismo.
"É claro que não podemos trazer novamente os amigos que vocês perderam, e sei que cada um de vocês não chora apenas por eles, mas também estiveram nos últimos dez anos com suas famílias, seus filhos, tentando dar consolo e apoio a eles", discursou Obama.
A Casa Branca tentou evitar a polêmica sobre as circunstâncias exatas da ação que acabou com a morte de Osama Bin Laden, destacando, por sua vez, que a perigosa missão foi executada "perfeitamente".
Obama convidou para a cerimônia o seu antecessor, George W. Bush, que era presidente quando ocorreram os atentados de 2001, mas o ex-presidente não aceitou.
Agradecimento
Obama fará, hoje, um agradecimento em particular a alguns membros da força especial de elite norte-americana envolvida na operação que matou Osama bin Laden. O encontro acontecerá quando o presidente visitar Fort Campbell, no Kentucky, para se encontrar com várias tropas que voltaram do conflito no Afeganistão.
Ontem, Obama se reuniu com o vice-almirante William McRaven, que era o comandante geral da missão Bin Laden.
Fort Campbell é a base de alguns pilotos de helicóptero do 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais, especializado em transporte de tropas em missões especiais.
O índice de popularidade de Obama subiu a 52% após a morte de Bin Laden, indicou, ontem, uma pesquisa realizada pelo Instituto Gallup. De acordo com o levantamento nos três dias anteriores à operação, realizada no último domingo (1º), a taxa de aprovação de Obama havia ficado em 46%.
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