O ministro Antônio Palocci cedeu dinheiro do Orçamento da União em 2009, quando ainda era deputado
. O ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, cedeu verba do Orçamento da União a uma entidade cultural que tem como vice-presidente uma cunhada, afirmou, ontem, uma reportagem do jornal "Folha de S. Paulo". O caso aconteceu em 2009, quando Palocci era deputado. A lei veta repasses de verba a parentes de políticos.
Durante os quatro anos de seu mandato como deputado, o patrimônio do ministro cresceu 20 vezes. Hoje, seus bens estão avaliados em R$ 7,5 milhões. Ele atribui o enriquecimento à sua empresa de consultoria.
O faturamento da empresa superou R$ 10 milhões em novembro e dezembro de 2010, os dois meses que separaram a eleição da presidente Dilma Rousseff e sua posse.
Depois do fracasso na Câmara, os senadores tentarão, nesta semana, convocar Palocci para que ele explique seus negócios. Os parlamentares estão convencidos de que o ministro praticava tráfico de influência.
Paralelamente à tentativa de convocação, senadores e deputados da oposição coletam assinaturas para instalar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Eles contam conseguir as 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores com a ajuda de parlamentares governistas.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) afirmou que nesta semana uma outra petição será encaminhada ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, mostrando fatos novos revelados pela imprensa nos últimos dias que, segundo ele, têm de ser apurados. Será uma espécie de aditamento à representação protocolada na Procuradoria pela oposição.
"O aumento do patrimônio de Palocci foi de 60 vezes e não de 20", afirmou Torres. Para ele, é estranho que a empresa de Palocci tenha faturado tanto sem ter estrutura.
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