Oportunidade não faltou, pois o presidente ficou sempre ladeado de todos os interessados na sucessão estadual
Presidente Lula conversa com o governador entre os ministros que o acompanharam na visita ao Ceará, durante a solenidade no Banco do Nordeste do Brasil
O presidente Lula não falou sobre política cearense, nem em público, nem em particular com os principais atores, dentre eles o governador Cid Gomes (PSB) e os deputados federais José Pimentel (PT) e Eunício Oliveira (PMDB), que ficaram constantemente ao seu lado desde a chegada a Fortaleza, no fim da manhã de ontem. Respondendo uma indagação específica, ainda pela manhã, o presidente disse que as questões políticas regionais terão que ser tratadas regionalmente. A prefeita Luizianne Lins se integrou ao grupo no evento do início da tarde.
Só o deputado federal José Linhares (PP) veio de Brasília com o presidente Lula. Os demais políticos que acompanharam os eventos oficiais já estavam em Fortaleza. À porta do avião presidencial recepcionaram Lula o governador Cid Gomes e o deputado federal Eunício Oliveira. O deputado José Pimentel e o vice-governador Francisco Pinheiro (PT) se incluíram ao grupo na sala reservada para uma entrevista que o presidente concedeu à Rádio Jangadeiro, antes de seguir para a sede do Banco do Nordeste do Brasil- BNB.
No carro oficial que conduziu o presidente até o banco, fora Lula e o seu ajudante de ordem só o governador Cid Gomes e o vice-governador Francisco Pinheiro. O almoço, no próprio banco, reuniu um grupo maior de convidados, todos, porém, ligados politicamente ao presidente Lula. O ex-governador Lúcio Alcântara, presidente estadual do PR, um dos partidos aliados do Governo Federal, não compareceu.
Mesmo sem pedir votos nem falar de eleições, presidencial ou estadual, todas as manifestações públicas do presidente foram de cunho político. Ele criticou a legislação eleitoral ao fazer referências à proibição de um governante visitar obras públicas em período eleitoral, após protestar contra os entraves que tem o administrador público em iniciar uma obra.
"Só eles podem visitar o que não é feito e nós não podemos visitar o que é feito". Em seu discurso, Lula reafirmou promessas de campanha feitas aos cearenses, destacando a realização de obras estruturantes para o Estado. Ressaltou que R$ 623 milhões virão para o Ceará em função da Copa do Mundo de 2014. As obras do PAC-1, até dezembro próximo, correspondem a R$ 23 bilhões e as do PAC-2 representarão mais R$ 26 milhões, disse.
Estaleiro
Prometeu inaugurar ainda este ano a primeira parte do cinturão das águas. Não esqueceu de citar a siderúrgica, cuja terraplenagem já começou a ser feita; a refinaria, que será maior que a de Pernambuco; a Transnordestina e formulou votos para o estaleiro ficar no Ceará. Sobre a Universidade Afro-brasileira, cobrou de Inácio Arruda (relator do projeto de criação no Senado Federal) ações no sentido de que o projeto seja aprovado logo. Bem humorado, em 35 minutos de discurso, falou até de futebol, destacando a participação do Ceará no Campeonato Brasileiro. Disse que o Ceará vem ganhando tudo, mas vai perder para o Corinthians porque vem com o "Ronaldo leve como uma pena e ágil como uma águia".
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