Os pré-candidatos do PT e do PSDB aparecem empatados, cada um com 37% das intenções de voto, segundo o Ibope
Pesquisa Ibope de intenção de voto para presidente da República divulgada no fim de semana aponta Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) empatados. Os dois têm 37% das preferências dos eleitores e Marina Silva (PV), 9%.
O Ibope ouviu 2.002 eleitores em 141 cidades do país entre os últimos dias 31 de maio e 3 de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Isso quer dizer que Dilma e Serra podem ter entre 35% e 39% das preferências e Marina, entre 7% e 11%.
Nove por cento dos entrevistados disseram que votarão em branco, nulo ou em nenhum candidato. Os indecisos somam 8%. Esta foi a primeira pesquisa feita pelo Ibope realizada depois da exibição de propagandas políticas do PT e do DEM.
No último levantamento do Ibope, em abril, José Serra tinha 40% das intenções de voto, Dilma Rousseff, 32%, e Marina Silva, 9%. Dilma foi a única candidata que apresentou crescimento. Em fevereiro deste ano, a diferença entre os dois primeiros colocados na disputa era de 13 pontos percentuais (Serra tinha 41% e Dilma, 28%). Em março, caiu para cinco pontos (38% e 33%, respectivamente). E, em abril, voltou a subir e chegou a oito pontos (40% e 32%). Nesse mesmo período, Marina teve 10%, 8% e 9% das intenções de voto nos estudos feitos pelo Ibope.
Desempenho no Nordeste
Desde abril, a pré-candidata petista ampliou seu eleitorado em todas as regiões, com exceção do Sul, onde o panorama ficou inalterado, com oscilações dentro da margem de erro. No Nordeste, Dilma lidera com 47% e ampliou sua vantagem de 8 para 20 pontos porcentuais. No Norte/Centro-Oeste, a petista saiu de uma situação de empate técnico e assumiu a ponta, com 43% a 31%. No Sudeste, Serra é o líder, com 41% a 33%, mas sua vantagem se reduziu de 16 para 8 pontos. No Sul, o tucano oscilou de 48% para 46%, enquanto a petista passou de 24% para 26%.
Entre os mais pobres de seu principal reduto, o Nordeste, Dilma vence por larga margem: 51% a 25%. Entre os mais pobres do Sul, é Serra quem se sobressai: 53% a 16%. Os resultados se referem ao segmento com renda familiar de até um salário mínimo, o mais beneficiado por programas sociais do governo, como o Bolsa-Família.
Segundo turno
O Ibope também considerou a possibilidade de segundo turno entre Serra e Dilma. O resultado é um novo empate, em 42%. Nessa situação, brancos e nulos somam 9%. Sete por cento não responderam.
Segundo os pesquisadores, a candidata do PT recebe mais votos dos eleitores de Marina Silva (40%, contra 32% que optariam pelo candidato tucano). Entre os entrevistados que declararam que votariam branco ou nulo no primeiro turno, o percentual de quem escolheria Serra na segunda etapa é maior (17%, contra 6% para Dilma).
O grau de rejeição dos eleitores aos três principais pré-candidatos também foi aferido pelo Ibope. Vinte e quatro por cento dos entrevistados disseram que não votarão em Serra; 19% em Dilma e 15% em Marina.
O fator Lula
A pesquisa revelou também que, no questionamento espontâneo, quando os nomes dos pré-candidatos não são ditos, o presidente Lula tem 12% das intenções de voto. Ele aparece atrás de Serra, que tem 15%, e de Dilma, com 19%.
De acordo com o levantamento, o governo do presidente Lula é considerado ótimo ou bom por 75% dos entrevistados, regular por 20% e ruim ou péssimo por 5%. A nota média atribuída ao governo pelos eleitores ouvidos pelo Ibope é 7,8.
Para Ricardo Berzoini, deputado federal e ex-presidente do PT, esse dado mostra que Dilma ainda tem espaço para crescer, já que muitos eleitores ainda acham que Lula é candidato. "A posição da Dilma é muito boa e traz um potencial maior porque tem muita gente que ainda quer votar no presidente Lula", disse Berzoini.
Para o PSDB, a preferência por Serra deve aumentar quando a campanha começar na TV e no rádio e os eleitores tiverem a chance de conhecer as propostas dos candidatos. "O Serra é o mais experiente, já governou (o estado de São Paulo). Isso vai ser mostrado na nossa campanha", defendeu o deputado federal e secretário-geral do PSDB, Rodrigo de Castro.
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