Os novos policiais deverão atuar nas áreas de fronteira, que inclui um total de 710 municípios brasileiros
O governo federal vai ampliar o número de policiais federais e agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) abrindo mais 2.700 vagas. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou ontem que a presidenta Dilma Rousseff autorizou a abertura de 1.200 vagas na Polícia Federal (PF) e 1.500 na PRF.
Os novos policiais deverão atuar nas áreas de fronteira, que envolvem 710 municípios brasileiros. A iniciativa ocorre em um ano em que policiais federais e agentes da PRF promoveram paralisações.
Para os homens e mulheres da Polícia Federal, assim como os agentes da PRF, a falta de pessoal e as dificuldades nas condições de trabalho atrapalham suas atividades, conforme alegaram durante o movimento grevista. Policiais e agentes reclamam principalmente das atividades referentes às áreas de fronteira.
O último concurso realizado pela PF foi em 2009, incluindo vagas somente para agente e escrivão. No momento, a PF aguardava autorização para preencher 1352 vagas de nível médio e superior.
Já a PRF solicitou à Presidência mais 4,5 mil policiais até 2014. A ideia seria contratar 1,5 mil por ano, a partir de 2012. O anúncio de Cardoso foi feito durante a cerimônia do pacto para reforço da atuação policial na área de fronteira, firmado por 11 governos estaduais - Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A ideia é investir R$ 37 milhões nas áreas de fronteira.
De acordo com o ministro da Justiça, a presidente determinou ainda ao Ministério da Justiça três projetos apontados como prioritários. São eles o Plano Estratégico de Fronteiras, a reforma do sistema penitenciário que deverá envolver recursos de R$ 1,1 bilhão e que permitirá a criação de mais 60 mil vagas nos presídios até 2014, e o Plano de Enfrentamento do Crack, com recursos de R$ 4 bilhões.
Segundo Cardozo, uma série de medidas estruturantes serão tomadas em 2012 e 2013 no plano estratégico. "Conseguimos integrar as forças federais que se destinam ao controle de fronteiras; coisa que, no passado, nem sempre foi possível fazer", disse.
Para conseguirem verba do governo, os estados precisarão apresentar projetos, que serão avaliados pelo Ministério.
PlanoO Plano Estratégico de Fronteiras é uma ação conjunta entre as Forças Armadas e as forças federais de segurança pública para atuar em operações nas áreas fronteiriças. Seu objetivo central é a redução dos índices de criminalidade e o enfrentamento ao crime organizado por meio da atuação integrada das instituições, além da cooperação com os países que fazem fronteira com o Brasil.
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