O aiatolá Ali Khamenei responsabilizou a CIA e o governo israelense de estarem por trás do ataque contra professor.
O líder supremo da revolução iraniana, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu castigar os autores do assassinato do cientista nuclear Mustafah Ahmadi Roshan, cujo funeral oficial foi realizado ontem em Teerã.
Uma grande multidão participou da cerimônia ao término da oração semanal, e os restos do cientista foram sepultados em um cemitério ao norte de Teerã. Manifestantes gritavam palavras de ódio aos Estados Unidos, Israel e Reino Unido, e alguns carregavam retratos do presidente americano Barack Obama com a palavra "terrorista".
O cientista iraniano morreu na explosão de uma bomba magnética colocada em seu veículo por um motociclista, quando se deslocava por Teerã. Ahmadi Roshan, de 32 anos, era o vice-diretor para assuntos comerciais da central nuclear de Natanz, principal unidade de enriquecimento de urânio do Irã, com mais de 8.000 centrífugas. Dois dos três cientistas iranianos assassinados desde janeiro de 2010 trabalhavam para o programa nuclear do país.
O aiatolá Ali Khamenei, guia supremo da República Islâmica, acusou os serviços secretos americanos e israelenses, "a CIA e o Mossad", de estarem por trás do atentado, prometendo "castigar os que cometeram este crime".
O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, prometeu que seu país "resistirá" às pressões e aos "insultos" do Ocidente em relação ao seu programa nuclear. "O tema nuclear é uma desculpa política. Todos sabem que o Irã não tenta fabricar bombas atômicas", disse.
Diante da determinação do governo iraniano de continuar com seu controverso programa nuclear, os Estados Unidos e os países da União Europeia (UE) tentam adotar novas sanções petroleiras e financeiras.
Polêmica
A Rússia criticou as sanções unilaterais, enquanto o Japão voltou atrás e expressou suas reservas em relação a tais medidas, que podem fazer com que os preços do petróleo disparem, afetando a economia mundial. "Novas sanções contra o Irã, assim como uma operação militar potencial, seriam sem dúvida apreciadas pela comunidade internacional como uma tentativa de mudar o regime de Teerã", disse o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Guennadi Gatilov
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