Levantamento mostrou que duas edições em 2012 prejudicariam a estrutura logística do Exame
O Ministério da Educação (MEC) decidiu que será feita apenas uma edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2012, assim como ocorreu nos anos anteriores. As provas serão aplicadas nos dias 3 e 4 de novembro.
No ano passado o Instituto Nacional de Estudos Educacionais (Inep) anunciou que a partir deste ano haveria duas edições da prova – a primeira em abril e a segunda provavelmente em outubro – mas os planos foram cancelados.
O Ministério solicitou um levantamento à empresa que faz a gestão de risco do Enem e a conclusão foi que duas edições em 2012 sobrecarregariam a estrutura logística do exame.
O diagnóstico foi feito depois de consultar todas as entidades envolvidas na organização da prova: o consórcio Cespe-Cesgranrio, os Correios e a gráfica responsável pela impressão dos materiais. Diante disso, o governo decidiu abortar os planos de aplicar uma prova por semestre em 2012.
Há pouco mais de uma semana, o ministro da Educação, Fernando Haddad, sinalizou sobre a possibilidade de cancelamento das provas previstas para 28 e 29 do mês de abril.
Desde que o MEC deu início ao projeto de substituir o Enem pelos vestibulares tradicionais das instituições públicas, em 2009, a intenção era que o exame fosse aplicado uma vez por semestre para dar mais chances aos estudantes.
Na quinta-feira (19), o ministro disse que as novas exigências feitas pela Justiça em relação à prova inviabilizariam a organização de um Enem extra.
Decisão da Justiça Federal no Ceará à pedido do Ministério Público Federal determinou que o Inep disponibilize para todos os participantes do Enem 2011 a cópia da correção da redação.
Condições
Segundo Haddad, o Inep não tem condições tecnológicas de conceder vista das provas aos 4 milhões de estudantes que fizeram o exame. A Advocacia-Geral da União (AGU) já recorreu da decisão. O edital do Enem não prevê a possibilidade de o estudante recorrer da nota obtida na redação, por isso, muitos candidatos entraram com ações na Justiça pedindo vista da prova e, em alguns casos, revisão da pontuação.
Na quinta-feira (19) a Justiça Federal no Rio de Janeiro deu nova decisão sobre o mesmo tema, contrária ao entendimento do juiz do Ceará. Respondendo a um pedido da Defensoria Pública da União (DPU), que também queria que todos os estudantes tivessem acesso à redação, o juiz federal Rafael de Souza Pinto negou a possibilidade.Um dos argumentos que o MEC deverá levar à Justiça para tentar derrubar a liminar é um acordo firmado com o Ministério Público Federal no Distrito Federal no ano passado para que o direito à vista da redação fosse concedido a partir de 2012
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