O Estado é referência nacional em transplante e atrai pacientes da fila de espera das regiões Norte e Nordeste
O Ceará comemora o aumento histórico no número de transplantes de órgãos. Balanço divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) mostra que, entre 2007 e 2011, foram realizadas mais cirurgias do tipo do que o total registrado pela Central de Transplantes desde a sua criação, em 1998, até o ano de 2006. Nos últimos cinco anos, a quantidade de transplantes chegou a 4.302, enquanto que, nos nove anos anteriores, o total de procedimentos somou 3.077.
"É o maior número de transplantes da história do Estado", destaca o titular da Sesa, Arruda Bastos. Conforme o levantamento, na comparação de 2006 com 2011, o número de cirurgias deste porte feitas no Ceará mais que dobrou: apresentou incremento de 85,65%, saltando de 446 para 1.275 até a última quinta-feira, 29 de dezembro. Os dados levam em conta procedimentos cirúrgicos com doadores vivos e falecidos.
Superando pela primeira vez, em 2011, a marca dos mil transplantes, o Estado ultrapassou o ano de 2010 em cirurgia de rim (254 ano passado e 232 em 2010) córnea (781 e 460), coração (24 e 16), fígado (155 e 113), medula óssea (19 e 14), valva cardíaca (11 e 10) e pâncreas (10 e 6). "Somos destaques nacionais em transplantes de coração, pulmão e rim", acrescenta Bastos.
Para o secretário, o recorde alcançado em 2011 resulta, entre outros fatores, da adoção de novos procedimentos. O Hospital de Messejana, Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, que já faz transplantes de coração, começou a realizar, em 2011, cirurgias de pulmão. Hoje o Estado é o quarto no Brasil a fazer transplante pulmonar, ao lado do Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio. "O desempenho é resultado de uma ação conjunta, como o aumento no número de doadores, além da ação dos centros transplantadores (hospitais) e das comissões intra hospitalares, que são aquelas pessoas que ficam abordando os familiares para captação de órgãos", comenta. O secretário acrescenta que, hoje, o Ceará é referência nacional em transplante, atraindo pacientes da fila de espera de estados do Norte e Nordeste.
Campanhas incentivam
Desde 2003, a Fundação Edson Queiroz vem levantando a bandeira da doação de órgãos no Estado do Ceará, por meio da campanha Doe de Coração. A iniciativa, reconhecida pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, sensibiliza milhares de pessoas, aumentando o número de doadores efetivos, diminuindo o tempo de espera nas filas de transplantes e devolvendo esperança às pessoas que esperam por um órgão
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