Depois de ter derrubado emendas propostas pelo Senado, a Câmara Federal concluiu as últimas mudanças sobre a reforma eleitoral na noite da última quarta-feira. Agora só falta a sanção do presidente Lula para que as mudanças sejam aplicadas nas eleições do próximo ano.
No Ceará, os deputados estaduais não concordam com parte do texto final e garantem que o Congresso recuou diante das emendas mais importantes, com a liberação de candidatos que respondem a processos ainda sem definições da Justiça.
Além dos "ficha suja" e da liberação da Internet, tema em que o Congresso Nacional esteve mais empenhado durante a discussão, a Câmara Federal também permitiu a doação para campanhas sem a necessidade de identificação do doador, o voto em trânsito para presidente da República e derrubou a inelegibilidade dos candidatos que terminarem o pleito com dívidas, dentre outros itens.
Para o deputado Vasques Landim (PSDB), o fato de a Câmara Federal ter liberado a participação de candidatos que estão com processos ainda em curso na Justiça, os chamados "ficha suja", "fragiliza" o Legislativo. "Fica todo mundo nivelado por baixo. Tem que haver um limite nessas questões porque a sociedade cobra honestidade", ressaltou o tucano.
Vasques Landim cobrou um empenho maior do Congresso Nacional para que haja uma reforma política "profunda" que, segundo ele, vai ser a única saída para acabar com a "mercantilização das eleições", característica que, para o tucano, tem sido marcante nos pleitos no Brasil.
Decisão
O vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Roberto Cláudio (PHS), discorda de Vasques Landim por acreditar que o julgamento nas três instâncias é necessário antes de uma decisão também acerca das eleições. Porém, o humanista reforça a tese de que se houver condenação em todas as instâncias os culpados devem ser "severamente" punidos.
Embora para Roberto Cláudio as demais mudanças aprovadas pela Câmara, fora a questão da Internet, não tenham sido tão significativas, ele garante que a ferramenta precisava ser legalizada porque é um meio de "democratização". O deputado Heitor Férrer (PDT) "lamentou" o fato de terem caído emendas que, segundo ele, seriam relevantes para uma reforma eleitoral mais ampla.
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