Presidente paulista do partido afirmou que o diretório nacional aceitou a posição local de apoiar o governador José Serra
São Paulo. Às turras com o PMDB nacional desde o pré-acordo com o PT visando as eleições presidenciais de 2010, o presidente paulista da legenda, Orestes Quércia, afirmou ontem ter recebido garantias de que a posição pró-PSDB de São Paulo será respeitada.
O trato foi selado na última quinta-feira, no escritório de Quércia em São Paulo, com o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer.
"Ele (Temer) tem a posição dele lá em Brasília. Nós temos a nossa aqui em São Paulo. Ele respeita. Agora vamos conversar é na convenção nacional", afirmou Quércia.
"Não tem nada de ruim entre eu e ele. Em São Paulo ele vai participar da nossa chapa do diretório estadual, vai indicar delegados", acrescentou. Para consignar o compromisso, Temer deu aval à reeleição de Quércia como presidente do diretório paulista, a ser oficializada em 13 de dezembro.
O deputado esteve ontem em São Paulo para acompanhar a convenção municipal do PMDB, que também reelegeu a executiva atual. Quércia chegou ao evento pouco depois da saída de Michel Temer.
O PMDB trava uma batalha interna para definir a quem apoiará no pleito do próximo ano. A ala liderada por Temer e pelos senadores José Sarney e Renan Calheiros quer apoiar a candidata indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra Dilma Rousseff.
Já o grupo de Quércia e do senador Jarbas Vasconcelos defende o apoio ao PSDB e a possível candidatura do governador paulista, José Serra.
A estratégia do flanco do PMDB que apoia Dilma inclui abrir mão de Estados em que há uma tendência consolidada de apoio ao PSDB. O objetivo é concentrar esforços em regiões onde ainda há possibilidade de virada a favor de Dilma. Sem maioria na convenção do PMDB, o pré-acordo fica à deriva. Entre os Estados dados como "perdidos" estão São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Acre.
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