O novo ministro, de 33 anos, terá de enfrentar desafios
como a busca por melhor qualificação dos trabalhadores e por trabalho decente
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A pasta era comandada interinamente por Paulo Roberto Santos Pinto desde dezembro do ano passado, quando o ex-ministro Carlos Lupi deixou o cargo em meio a denúncias de irregularidades.
O convite a Brizola Neto foi feito pessoalmente ontem pela presidente Dilma Rousseff (PT). O deputado e a presidente se reuniram por mais de meia hora.
Ele foi recebido no Planalto logo após reunião da presidente com o próprio Lupi, que é presidente do PDT, e o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência).
Apesar de contar com apoio das centrais sindicais, a indicação ainda enfrentava resistências internas. O PDT apresentou os nomes do deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) e do secretário-geral do partido, Manoel Dias. A legenda controla o ministério desde o segundo governo Lula.
O novo ministro do Trabalho tem como primeiro desafio unificar o partido ainda resistente com a escolha de seu nome para a pasta, desde a saída de Carlos Lupi, presidente do PDT, em dezembro de 2011.
Assim que teve o nome confirmado, Brizola Neto começou a conversar com os parlamentares de seu partido em busca de unidade. Uma reunião com a bancada deverá acontecer na próxima semana, após a posse formal na pasta, marcada para quinta.
Nota
Em nota, a presidente destacou a trajetória política do ex-secretário de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro, ex-vereador e deputado federal. Dilma agradeceu o ministro interino Paulo Roberto dos Santos Pinto e o ex-ministro Lupi, que esteve à frente da Pasta por quatro anos.
O deputado, de 33 anos, conquistou nos últimos meses o aval da Força Sindical e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). O presidente da CUT, Artur Henrique, disse ontem que Brizola Neto é um "bom nome" e que terá de enfrentar alguns desafios, tais como a busca por "trabalho decente" e uma melhor qualificação profissional dos trabalhadores.
Ele será o ministro mais novo da Esplanada. Neto de Leonel Brizola, fundador do PDT e ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, o deputado destaca a ligação com o avô. "O nome que carrego é uma bandeira", ressalta em seu site.
A escolha ocorreu um dia antes das comemorações do Dia do Trabalho, hoje, e após Dilma se encontrar com Lula na semana passada em Brasília.
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