Após um ano à frente da Igreja Católica, o primeiro papa latino terá bastante trabalho pela frente em seu continente.
Pelo menos é o que indica a pesquisa sobre religiões do Latinobarometro divulgada ontem, segundo a qual o número de católicos na América Latina caiu de 80% a 67% entre 1995 e 2013.
Para o instituto, no entanto, a queda é "muito menor do que a agenda informativa dá a entender", com 12 dos 18 países analisados ainda com mais de 60% de católicos. "Nos dados recentes nós não vemos um impacto no número de católicos devido à chegada do papa Francisco", disse o Latinobarometro, acrescentando que é cedo para dimensionar o impacto do novo papado, iniciado em março de 2013.
Os latinos que abandonam o catolicismo, porém, costumam abraçar outras religiões. "O crescimento econômico não produz um impacto direto de secularização como em outras regiões do mundo", aponta o estudo. Os únicos dois países em vias de secularização são Uruguai e Chile. A Nicarágua é o país onde o catolicismo mais caiu: foram 30 pontos percentuais de 1995 a 2013. Somente no México a porcentagem de católicos subiu - eram 77% e agora são 79%.
No Brasil, a porcentagem caiu de 78% para 63% nesses 18 anos. Os evangélicos foram de 8% a 21% e os ateus ou sem religião passaram de 6% para 11%. Por ainda manter mais de 60% de católicos, o país segue no grupo classificado como de dominação católica, mas se observa a "perda dessa dominação", diz a pesquisa.
O Brasil ocupa o sexto lugar entre países com "alta diminuição de católicos e aumento de evangélicos". O primeiro é Honduras, onde o catolicismo caiu de 76% a 47%, enquanto evangélicos subiram de 12% a
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