Ceará e Fortaleza fazem seu último clássico antes do fechamento do Castelão para as obras da Copa do Mundo 2014
João Marcos, volante do Ceará, disputa bola com o lateral-esquerdo Guto, do Fortaleza, no primeiro Clássico-Rei deste ano, disputado no dia 30 de janeiro, no estádio Castelão
Será apenas um até logo, mas fará muita falta. Quando o árbitro Almeida Filho apitar o fim do Clássico-Rei, um novo Ceará e Fortaleza no Castelão só em 2014. O "Gigante da Boa Vista" entrará em obras para a Copa do Mundo de 2014 no próximo dia 31, um dia depois de Ceará e Brasiliense, pela Copa do Brasil.
Até lá, o novo PV, com previsão de inauguração em abril, deverá, se cumpridos os prazos, abrigar os jogos entre os rivais.
E para o duelo das 16 horas, Ceará e Fortaleza objetivam, além da liderança (ambos têm 9 pontos e estão a um do líder Guarani de Juazeiro), uma afirmação no returno.
Isso porque o Alvinegro, em quatro rodadas, não repetiu no segundo turno as atuações que o fizeram campeão do primeiro e quer mostrar que tem força para vencer também o returno.
Já o Leão, derrotado nos dois clássicos que disputou, 2 a 1 na fase classificatória e 1 a 0 na decisão do turno, quer bater o rival pela 1ª vez no ano e mostrar que o Ceará tem um adversário à altura para a conquista do título estadual.
Ousadia
Ao contrário dos clássicos anteriores, quando armou o Ceará de forma cautelosa com três volantes e apenas um meia, o técnico Dimas Filgueiras treinou o Vovô em um 4-2-2-2. Talvez forçado pelo desfalque do volante Heleno, titular nos dois clássicos anteriores, Dimas lançará a dupla de meias na vitória contra o Quixadá: Geraldo e Thiago Humberto.
Além da novidade no setor de armação, o lateral-direito Boiadeiro, barrado nos últimos dois jogos, volta ao time.
Na frente, Marcelo Nicácio será o companheiro de Iarley no ataque. Isso porque Júnior, está lesionado e sequer treinou na última sexta-feira.
E a lesão de Júnior abriu espaço para os atacantes Washington e Osvaldo. A dupla estará no banco de reservas esperando entrar no decorrer do jogo e decidir a partida. "Um gol em clássico tem peso triplicado", avisa Washington. Já Osvaldo, sonha em repetir a final do 1º turno quando marcou o gol do título. "Aquele gol marcou minha carreira. Seria incrível repeti-lo", sonha Osvaldo.
No Fortaleza, o clima aparente é de tranquilidade. Para o Clássico, o treinador Flávio Araújo, poderá contar com os recém-contratados, o lateral-direito Henrique, o zagueiro Héverton, o volante Gustavo e o atacante Itacaré. O zagueiro Plínio, suspenso, não jogará e a vaga provavelmente ficará com Héverton. O meia Adriano Pimenta, ao saber que este será o último Clássico-Rei antes do fechamento do estádio, falou que vai controlar bem a ansiedade para o duelo. "Estou tranquilo, mas sei da importância de um clássico para a sequência dos trabalhos. Espero que o time jogue bem e saia de campo vitorioso. Considerando que será o último Clássico-Rei antes de o Castelão fechar, seria ótimo fecha-lo com chave de ouro", ressaltou Adriano Pimenta.
ATÉ BREVE
Torcidas ficarão órfãs do Gigante da Boa Vista
Depois do Clássico-Rei de hoje, as torcidas de Ceará e Fortaleza ficarão um bom tempo distantes do palco que lhes proporcionaram inúmeras vitórias e emoções. A primeira vez em que ambas as torcidas encontraram-se no "Gigante da Boa Vista" foi na inauguração do Estádio Plácido Aderaldo Castelo, o Castelão, no dia 11 de novembro de 1973 justamente com o Clássico-Rei. A partida terminou empatada em 0 a 0. 44.742 apaixonados foram conferir a disputa.
Protagonistas
E para variar, os principais feitos do Estádio foram protagonizados por artistas que atuaram nos dois clubes. Como por exemplo o primeiro gol. Em 18 de Novembro de 1973, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro de 1973, durante o jogo Ceará e Vitória, aos 22 minutos do 2º tempo, o atacante Erandy Pereira Montenegro, artilheiro do Ceará, marcou o primeiro gol no Castelão para delírio da nação alvinegra.
Artilheiro
O Fortaleza que sempre em sua história tem a tradição de revelar goleadores orgulha-se de ter Geraldino Saravá como o maior artilheiro do Castelão com 98 gols marcados. Apesar de ter atuado tanto pelo Ceará, como no Ferroviário, o atacante Geraldino nunca escondeu a preferência de ter jogado no Castelão vestindo a camisa tricolor.
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