Em Angra dos Reis (RJ), o País já conta com três plantas nucleares. Plano decenal prevê novas usinas
Diante dos problemas na usina nuclear de Fukushima após o terremoto seguido de tsunami no Japão, o Senado e a Câmara dos Deputados pretendem debater a utilização dessa forma de geração de energia e o programa nuclear brasileiro.
O diretor-Presidente da Eletrobrás Termonuclear (Eletronuclear), Othon Luiz Pinheiro da Silva, será convidado a falar sobre os quatro projetos de construção de usinas nucleares no Brasil, bem como sobre a segurança na utilização dessa fonte energética, para os senadores. A realização de audiência pública foi aprovada pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado ontem.
Os parlamentares querem que o presidente da Eletronuclear preste esclarecimentos sobre os sistemas de segurança das usinas já instaladas, assim como planos de emergência em caso de acidentes; e do plano de expansão do programa nuclear.
Os deputados brasileiros também querem aprofundar discussões sobre as usinas desse tipo no Brasil. O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), vai propor ao presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), a criação de uma comissão mista com esse objetivo. A ideia é fazer uma comissão com integrantes de partidos da base e da oposição. O tucano destaca que o plano decenal de energia do governo federal prevê a construção de novas usinas além das três do complexo de Angra dos Reis (RJ).
CONSEQUÊNCIAS
Dilma se diz "preocupada" com crise que abala Japão
A presidente Dilma Rousseff está "extremamente preocupada" com a crise nuclear japonesa provocada pelo terremoto e tsunami da última sexta-feira segundo o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência).
"Temos que, com responsabilidade, olhar isso. A presidente está o tempo todo acompanhando as informações e tomando as providências que forem necessárias", afirmou Carvalho, após participar, com Dilma e outros 13 ministros, da primeira reunião do Fórum de Direito e Cidadania, no Palácio do Planalto.
Apesar da preocupação, ele afirma que o governo mantém cautela em relação a eventuais medidas em relação à política de energia nuclear no Brasil. "Faltam elementos ainda da questão nuclear para que tenhamos uma constatação. Ainda estamos observando, não se sabe ainda a extensão da questão japonesa. Só depois de ter uma análise mais profunda pode se pensar nas influências que o evento japonês tem sobre a nossa política nuclear", disse.
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