
A inesperada avalanche humana fez com que muitos turistas que se dirigiam ao aeroporto para viajar, estupefatos, deixassem os táxis pelo caminho e se encaminhassem a pé para não perder o embarque. "Sou representante comercial e viajo por esse Brasil afora há mais de 15 anos. Nunca tinha visto isso em lugar nenhum. Quando entramos na avenida, pensei que se tratava de alguma catástrofe. Ainda bem que é apenas uma comemoração", afirma o paulista Evaristo Moreira de Lima.
Cego e apaixonado
Até quem não enxerga resolveu recepcionar a delegação do Vovô. É o caso do deficiente físico Rogério de Oliveira Teixeira, 42 anos, 22 dos quais sem ver. "Sou deficiente. Não posso ver. Mas, imagino o que está havendo. É algo que me deixa emocionado, pois há muito tempo não sentia uma alegria tão forte como essa dada pelo Vozão", revelou.
Do aeroporto até a sede do Ceará, num trajeto normal, se gasta 10 minutos. Por causa da multidão e do enorme contingente de veículos, motos e bicicletas que acompanharam o comboio da vitória, a carreata só chegou ao Vovozão três horas depois. O percurso teve que ser desviado do Montese. Seguiu pela Expedicionários e contornou o bairro do Mondubim, até parar em Porangabuçu.
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