Mauro Filho contesta a informação de que há na Secretaria da Fazenda um equipamento de escuta telefônica
Os governistas revidam, no mesmo tom, as críticas do novo grupo de oposição na Assembleia Legislativa
Ontem, antes mesmo que fosse defendida a instalação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar fatos tidos como ilegais do Governo do Estado, deputados tucanos desautorizaram o líder do PSDB, deputado João Jaime de que havia anunciado, no dia anterior, apoio ao pedido de CPI feito pelo deputado Heitor Férrer (PDT), para apurar denúncias sobre a licitação para reforma do Estádio Castelão, denunciado pela revista Veja.
O deputado Marcos Cals, candidato do PSDB ao Governo do Estado, aparteando um pronunciamento do deputado Nelson Martins (PT), líder do Governo, disse que os deputados do seu partido irão avaliar se assinarão ou não a CPI pedida por Heitor Férrer. Antes, Fernando Hugo já havia dito que não assinaria a mesma CPI, embora tenha sugerido a convocação dos secretários da Casa Civil, Arialdo Pinho e o secretário de Esportes, Ferrúcio Feitosa, para explicaram as denúncias da revista.
O outro pedido de instalação de uma CPI foi anunciado ontem pelo deputado Adahil Barreto (PR) para investigar denúncias de escutas ilegais através de um equipamento utilizado pelo Estado chamado de Guardião.
O debate sobre a validade ou não desses pedidos de CPI acabou gerando discussão entre a base do Governo e os deputados de oposição. Tanto Heitor Férrer quanto Adahil Barreto, já começaram a coletar as assinaturas para darem entrada nos seus pedidos de CPI.
Relatório
Se na terça-feira o líder da bancada tucana, deputado João Jaime (PSDB), afirmou ao colega Heitor Férrer que o pedetista poderia contar com a assinatura da bancada do PSDB, ontem o deputado Marcos Cals (PSDB), já afirmou que os parlamentares de seu partido irão avaliar se assinarão ou não o pedido de CPI de Férrer.
Sobre o caso da licitação para reforma do estádio, o líder do Governo, deputado Nelson Martins, leu o resultado do relatório feito pela sétima inspetoria de controle externo do Tribunal de Contas do Estado (TCE) no qual o relator, conselheiro Edilberto Pontes, emitiu parecer afirmando que não há nem mesmo indícios de irregularidades sobre a licitação para a contratação de uma parceria público-privada (PPP) para as obras de reforma do estádio Castelão.
Escutas
Já em relação ao pedido de CPI do deputado Adahil Barreto, o republicano aponta que de acordo com a revista Veja, há quatro equipamentos de escuta, chamados Guardião, sendo dois na Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), um na Casa Civil e outro no Ministério Público Estadual (MPE) que estariam fazendo escutas ilegais sem a autorização através de ordem judicial.
Os pedidos de CPIs acabaram gerando bastante discussão entre a base governista de Cid Gomes e os deputados de oposição. Sobre as escutas, Mauro Filho deixou claro que existe apenas um Guardião funcionando e que não existe nenhuma escuta sem ordem judicial, deixando claro que informação diferente dessa é mentirosa.
Leviano
Roberto Cláudio diz ser muita "coincidência" na semana posterior as convenções, levarem para a Assembleia um "espetáculo de baixo nível, informações levianas e especulações mal formuladas".
Adahil tomou as críticas para si, afirmando que leviano era Roberto Cláudio e que o comportamento do parlamentar era por estar preocupado com a sua reeleição e por isso, quer mostrar serviço ao governador Cid Gomes. Roberto Cláudio rebateu, afirmando que a postura política de Adahil rendeu a ele, um "melancólico" isolamento, afirmando que não ia discutir com ele para não ficar "na mesma estatura moral e política".
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