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MAGAZINE LUIZA

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

DISPUTA PELO PODER: Fortaleza de Kadafi é tomada, e ditador promete retaliação

O líder disse que sua saída do complexo foi uma retirada tática e jurou "morte ou vitória" contra os rebeldes

Um porta-voz de Muammar Kadafi disse em comentários transmitidos hoje (horário local da Líbia) que o ditador está pronto para resistir aos ataques dos rebeldes por meses ou até anos, e prometeu transformar o país em "vulcões, lava e fogo".
Falando por telefone aos canais por satélite "Al-Orouba" e "al Rai", Moussa Ibrahim afirmou que as forças de Kadafi capturaram quatro personalidades do Catar e uma dos Emirados Árabes Unidos, e que os líderes rebeldes não terão paz se mudarem a sede do Conselho Nacional de Transição de Benghazi, no leste, para Trípoli.
Vitória militar
Ao mesmo tempo, as forças insurgentes na Líbia comemoravam ontem a mais importante vitória militar do levante popular travado há mais de seis meses, quando os rebeldes tomaram Bab al Azizia, complexo que abriga a sede do governo e a residência oficial de Kadafi.
Imagens da TV estatal mostraram rebeldes celebrando dentro do complexo. Insurgentes levantaram a cabeça de uma estátua do ditador como um troféu.
Tropas do governo e moradores favoráveis ao regime, porém, ainda disputavam o controle de Trípoli. A violência, inclusive a de rebeldes, preocupa ONGs. Os rebeldes creem poder ter pleno controle da capital nos próximos dias.
Também é desconhecido o paradeiro do ditador. Em entrevista a uma rádio local de Trípoli, Kadafi disse que abandonou sua fortaleza como parte de uma retirada tática e jurou "morte ou vitória" contra os rebeldes.
No entanto ainda predomina a tese de que ele se encontra em Bab al Azizia, que tem uma área de 6 Km². Há especulações de que o complexo é ligado, por túneis, aos principais pontos da capital Trípoli e ao mar.
A residência principal foi atingida por um bombardeio dos EUA em 1986, em retaliação a um ataque que matou dois oficiais americanos em uma discoteca em Berlim.
A entrada no complexo de Kadafi é fruto de uma ofensiva lançada há várias semanas. A ação envolveu avanço rumo a Trípoli coordenado por sul, oeste e leste e uma intensificação dos bombardeios da Otan, com respaldo da ONU.
Na chegada à capital, os opositores enfrentaram forte resistência. Há dezenas de vítimas entre civis e insurgentes. A estimativa é que a luta pela capital Trípoli deixou mais de 400 mortos e ao menos 2.000 feridos.
´FIM DE UM CAPÍTULO´
Otan afirma que Kadafi faz parte da história
Trípoli.A Otan, aliança militar do Ocidente, afirmou ontem que o ditador da Líbia Muammar Kadafi "é história", e que a tomada de Trípoli pelos rebeldes "é o capítulo final", mas que a Aliança Atlântica não pode "baixar a guarda".
"Para o regime de Kadafi, esse é o capítulo final. Kadafi é história e quanto antes entender isso, melhor", afirmou a porta-voz da Otan, Oana Lungescu, embora tenha insistido que as ameaças e os ataques das forças leais ao ditador evidenciam que "não se pode baixar a guarda".
De acordo com o porta-voz, a missão da Otan na Líbia "não está encerrada", e a Aliança não pode "baixar a guarda", sobretudo por conta das ameaças que ainda existem contra a população civil. Lungescu citou como exemplo o lançamento de um míssil "Scud" realizado na segunda-feira (22) dos arredores de Sirte, cidade natal de Kadafi, em direção a Misrata (controlada pelos rebeldes), que foi interceptado pela Aliança.
Roland Lavoie, porta-voz militar da "Operação Protetor Unificado da Otan" na Líbia, ressaltou que a missão da Aliança continua sendo proteger os civis. "Permaneceremos atentos e manteremos a pressão até que as tropas tenham se retirado, e tenha sido garantido o pleno acesso à ajuda humanitária", destacou.
BATALHA PELO PODER
Filho de líder líbio aparece e pede que aliados lutem
Trípoli.O filho de Muammar Kadafi, tido como capturado segundo informações anteriores, fez uma aparição surpresa diante de simpatizantes durante a noite em Trípoli, e pediu aos legalistas para combater e afastar os rebeldes.
Saif al Islam, visto como o sucessor escolhido de seu pai, visitou o hotel em Trípoli onde jornalistas estrangeiros estão hospedados para declarar que o governo estava derrotando seus opositores.
Ele levou os jornalistas ao bastião de Bab al Aziziya de seu pai, no centro de Trípoli, na manhã de ontem. Saif sorriu, acenou sinais de vitória e cumprimentou simpatizantes.
"Quebramos as costas dos rebeldes. Era uma armadilha. Demos a eles um momento difícil, então estamos vencendo", afirmou o filho do ditador.
"Preparem-se para lutar hoje", disse Saif a simpatizantes que aguardavam para receber armas. "Inshallah (se Deus quiser), atacaremos os ratos hoje".
O aparecimento de Saif levanta questões sobre a credibilidade dos rebeldes.

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