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MAGAZINE LUIZA

quarta-feira, 23 de março de 2011

EM SOBRAL MUSEU MADI NÃO TEM DATA PARA REABRIR ACERVO

Com obras avaliadas em R$ 711 mil, peças do Museu Madi ainda não têm prazo para voltarem à exposição pública

 Situado na margem esquerda do Rio Acaraú, a sede do museu está fechada e sem o seu acervo original. Com arquitetura arrojada, o prédio contrasta com o ambiente local

Há praticamente dois anos, todo acervo do Museu de Arte Contemporânea de Sobral (Museu Madi) se encontra guardado, sem acesso ao público. O prédio que sediava o museu se encontra fechado desde abril de 2009, após ser inundado pela cheia do Rio Acaraú. A falta de um espaço adequado para abrigar as mais de 100 obras que compõem a coletânea do único museu do gênero no País tornou o acervo inviável à visitação.
Até hoje, a Prefeitura de Sobral ainda não tem uma definição para quando as obras de arte voltarão à exposição. A Prefeitura estuda duas possibilidades para o impasse: manter o museu no mesmo lugar ou construir um novo prédio em outro endereço. "O prefeito Veveu Arruda classifica como prioritária a reabertura do Museu Madi, e já solicitou do secretário de Cultura, Campelo Costa, o projeto de um novo prédio", disse o secretário adjunto da Cultura, Raimundo Aragão.
Em contato com o secretário da Cultura e Turismo, Campelo Costa, ele adiantou apenas que trabalha em um projeto para adequar o atual prédio, onde poderá continuar a sede do Museu Madi. Porém, não deu mais informações. "Este é um assunto que deve ser discutido diretamente com o prefeito Veveu Arruda", disse. A reportagem tentou contato com o prefeito. A sua Assessoria de Imprensa informou que ele estava em Fortaleza, e também não podia fornecer detalhes sobre o andamento do projeto.
O prédio onde estava instalado o Museu Madi foi idealizado pelo uruguaio Carmelo Arden Quin, e está situado na margem esquerda do Rio Acaraú. Devido à sua localização, está vulnerável a alagamentos. Já sofreu dois: em 2004, quando ainda estava em construção, e cinco anos depois, o que deixou o prédio parcialmente destruído.
Todo acervo está guardado em local não revelado pela Prefeitura, como forma de garantir a segurança das peças. Algumas delas são avaliadas em até 300 mil euros (o equivalente a R$ 711 mil). Mesmo com a inundação do prédio, nenhuma delas foi danificada. A exceção fica para as obras monumentais na parte externa do museu.
A cheia do Rio Acaraú, em 2009, provocou a inundação da sua margem esquerda, comprometendo todos os prédios e área de lazer situada no local, como o museu
Catalogação
"O curador do museu, Roberto Galvão, virá à Sobral, para avaliar cada obra. Devido ao tempo em que se encontram armazenadas, as peças podem ter sofrido algum tipo de alteração. Após isto, vamos catalogar cada uma delas, para que sirvam de estudo e tenham um caráter educativo, voltado para a formação de novos talentos", adiantou Campelo Costa.
No ano passado, a Prefeitura sinalizou a possível mudança do museu para a Praça do Patrocínio, no prédio ao lado do Museu do Eclipse, local onde funciona o gabinete da Secretaria de Cultura e Turismo. O assunto chegou a ser discutido entre o secretário Campelo Costa e o ex-prefeito, Leônidas Cristino. Assim, o escritório do secretário seria transferido para o prédio da Escola de Comunicação, Ofícios e Arte (Ecoa). Porém, a ideia não saiu do papel.
O Madi foi inaugurado no dia 5 de julho de 2005, por ocasião do aniversário da cidade. Está situado no espaço do anfiteatro à margem esquerda do Rio Acaraú, integrado à Ecoa. O evento inaugural contou com a presença de vários artistas Madi, que vieram da França, Hungria, Uruguai e Estados Unidos, especialmente para a inauguração.
 Com a criação do museu, a cultura sobralense ganhou visibilidade internacional. O espaço é o primeiro do gênero construído no Brasil e também único representante do Movimento Madi no País. Foi possível graças ao sucesso das edições dos salões internacionais de artes plásticas realizados no Município, promovidos pela Prefeitura, por meio da Secretaria da Cultura e do Turismo.
Ruptura
O Movimento Madi, criado pelo artista plástico uruguaio Arden Quin, em meados de 1940, pode ser entendido pelo significado das letras M (Movimento) A (Abstração) D (Dimensão) I (Imaginação). Tem no seu conceito a ruptura dos ângulos tradicionais de um quadro. O movimento, que nasceu na Argentina, contava, no início, com dez participantes. Atualmente, pelo menos 100 artistas integram o movimento, difundido em vários países. França, Itália e Hungria têm fortes organizações do movimento. Também há artistas Madi na Argentina, Japão, Espanha e Estados Unidos.
O Museu de Sobral tem 100 obras doadas por artistas do mundo inteiro. São esculturas, pinturas e desenhos de valor artístico inestimável.

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