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MAGAZINE LUIZA

segunda-feira, 21 de março de 2011

SÃO JOSÉ: TRADIÇÃO SECULAR É MANTIDA EM IGUATU

Uma graça alcançada por interseção de São José motiva católicos de Iguatu a festejarem o santo em seu dia

Missa sob frondosa árvore é celebrada na comunidade do Sítio Baú. O dia é de muitas orações, cânticos e prova de fé no padroeiro do Ceará e patrono das famílias

Muitas capelas foram erguidas no Interior do Ceará por iniciativas de famílias de proprietários rurais para pagamento de promessas, graças alcançadas, por fé e devoção aos santos católicos. Foi o que aconteceu há exatos 115 anos, no Sítio Baú, zona rural deste Município. A tradição é mantida há mais de um século e a cada dia 19 de março, em louvor a São José, padroeiro do Ceará e da comunidade, moradores se reúnem para celebração de uma missa sob uma frondosa sombra de um ficus benjamim.
A celebração faz parte da memória dos moradores da comunidade. A devoção centenária se renova a cada ano, com a participação de crianças e adolescentes, conforme observou o padre Lázaro Augusto. Os mais jovens acompanham pais e avós e recebem deles os ensinamentos cristãos, a fé no pai adotivo de Jesus Cristo. São José é um dos santos mais festejados, em dezenas de paróquias e centenas de capelas.
Em 2000, o santo também foi instituído pelo então bispo dom José Doth, padroeiro da Diocese de Iguatu. Há uma mística popular entre o sertanejo e o santo. Para o agricultor, a data assinala a última esperança de boas colheitas, quando as chuvas estão raras e tardias. Neste ano, entretanto, não houve necessidade de se esperar por São José, porque as chuvas estão abundantes e o inverno começou cedo no Estado.
O dia dedicado a São José foi de muitas orações e agradecimentos em várias comunidades rurais que festejam o santo nesta cidade. No campo, a lavoura de milho e feijão está se desenvolvendo e a colheita, em muitas áreas, já está garantida. "Vamos ter uma boa safra", disse o agricultor José Francisco de Souza, cujo nome foi em homenagem ao santo padroeiro.
Orações
Na comunidade de Baú, durante todo o mês de março, são celebradas novenas sempre a partir das 19 horas, para homenagear São José. Os homens puxam os cânticos, orações e ofícios, que são acompanhados por mulheres e crianças que, desde cedo, aprendem a devoção mantida pelos pais.
A capela do Baú foi construída no final do século XIX, em 1896, pelo agricultor José Alves de Oliveira, como forma de pagamento de uma promessa a São José. A mulher dele, Clara Alves de Oliveira, enfrentava enormes dificuldades na hora do parto de um dos filhos. "Corria risco de morte", lembra a neta e coordenadora do novenário, Zenalda Alves Nogueira. As preces ao santo, pai adotivo de Jesus, foram intensas e o parto terminou bem sucedido. Em sinal de graças, José Alves de Oliveira mandou erguer a capela e iniciou naquele mesmo ano, um mês de celebrações. A tradição é mantida até hoje.
A construção da capela foi sinal da devoção, de um homem simples do sertão, em São José, um dos santos mais populares da igreja. "São exemplos que precisam ser preservados porque fazem parte da história cristã e da família", observa o padre Lázaro Augusto, que neste ano concelebrou missa com o padre José Teixeira. A liturgia atrai moradores de toda a região.
Enquete
Por que a devoção?
"É uma maneira de seguir com a fé e com a tradição na crença do santo que, para nós, é protetor da família"
Zenalda Alves
Aposentada
"Faz parte da nossa crença e devoção e no dia dedicado ao padroeiro é preciso agradecer e pedir quando necessário"

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